quarta-feira, novembro 08, 2006

Tempos e Contratempos

Por um descuido perdi o texto original, mas tento reproduzir aqui novamente:

Dias vão, dias vem, assim passa o tempo. Cada vez mais rápido, cada vez notamos menos sua passagem. Vivemos num período caótico de globalização, onde tudo, as vezes não é nada.

Estava pensando e refletindo nisso, lendo um livro entre um ônibus e outro. Alias, no ônibus é onde mais tenho tempo para leitura.

Se soubesse voltar no tempo, eu voltaria, para ontem.

Tenho quase certeza de que nasci na época errada, alguém trocou o 2, o 3, ou o 4 por um 7 e nasci onde deveria viver meus 20, 30, 40 anos.

Queria ter vivido a era Vargas, a revolução de 30, ter visto Elvis, os Beatles, ter ido ao woodstock, era flower power, Led, Doors, enfim....

gostaria de ter vivido a ditadura (e suas conseqüências), queria ter assistido discurso do Brizola, do “velhinho” Ulisses, participado das “diretas já”, queria entender bem o que eu fazia na rua com a cara pintada gritando: “fora Collor”. Queria ter visto com outros olhos o Impeachment.

Queria celebrar Renato Russo e Cazuza, no auge de seu poder poético.

Leio Jabor e veja algumas dessas passagens em seus textos... uma vontade imensa de viver o passado....

Talvez seja tudo uma ilusão; talvez veja isso com muita imaginação. Numa metáfora simplória é como mulher vestida e mulher nua: a nossa imaginação faz milagres.

Vivo sem tempo, sem saco... mas com a alma cheia.

Vivo meu presente para contar depois, não posso deixar a vida passar sob meus olhos.

Tentar repetir o que foi perdido é como piada interrompida, perde a graça.

Mas queria escrever sobre isso, apesar de não ter gostado do texto. Então, melhor se arrepender do que se faz do que daquilo que se deixa de fazer...